Desenvolvendo-se em 3 partes distintas, o Concertino para tuba e banda sinfónica, procura explorar – sem que isso o torne tecnicamente muito difícil – toda a versatilidade de carácter da tuba enquanto instrumento solista. 

A primeira secção é composta por um tema inicial de carácter marcadamente nobre (que surge sobre um ostinato rítmico apresentado na introdução pelos clarinetes) e desenvolve-se alternando este tema com uma série de temas secundários. A segunda parte do Concertino segue com um novo tema, apresentado inicialmente pelo corne inglês. Este tema, mais lírico que o inicial, é depois, com pequenas variações, desenvolvido pelo solista. A terceira secção inicia com o primeiro tema reexposto. O desenvolvimento desta terceira parte segue com a presentação de um novo motivo, em staccato, que por sua vez vai alternando com um quarto tema, de carácter mais burlesco. Como conclusão do Concertino surge uma coda, após a cadência, em que o tema inicial é reapresentado pelo tutti, desta vez com um carácter maestoso conseguido sobretudo pelo adensar da textura e da malha rítmica subjacente.

            Existem actualmente 4 versões diferentes da obra: a original, para Banda Sinfónica; uma versão para Piano e Tuba; uma versão para Brass Band e Tuba e, finalmente, uma para Orquestra Sinfónica e Tuba, estas últimas com transcrição de Pierre Kuijpers (Holanda).

            A peça foi gravada em 2009 pela Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro e Nuno Machado, com direcção de Carlos Marques.

            Dedicado a Adélio Carneiro e à perseverança de Fernando Marinho.